Archive for the 'Uncategorized' Category

A história da língua portuguesa no Brasil Desde que os portugueses chegaram a este lado do Atlântico, há cinco séculos, muita coisa mudou no jeito de falar

1500 Os cerca de 5 milhões de indígenas que aqui viviam, distribuídos em mais de 1 500 povos, falavam em torno de mil línguas de vários grupos lingüÍsticos
1580 Começa a ser registrada a Língua Geral Paulista, difundida por padres jesuítas e bandeirantes. “Tucuriuri” significava “gafanhotos verdes”
1700 Surgem registros da Língua Geral Amazônica, de base tupinambá, e do dialeto de Minas, misto de português com o Evé-fon, trazido por escravos africanos
1759 O Marquês de Pombal promulga lei impondo o uso da língua portuguesa, mas ainda coexistem NO PAÍS DIVERSOS idiomas indígenas e africanos
1808 A chegada da família real é decisiva para a difusão da língua: são criadas bibliotecas, escolas e gráficas (e, com elas, jornais e revistas)
1850 imigrantes europeus aportam em grande número no país, incentivando transformações no idioma com a introdução de diversos estrangeirismos
1922 A Semana de Arte Moderna leva o português informal para as artes. A crescente urbanização e o surgimento do rádio ajudam a misturar variedades lingüísticas
1988 A Constituição garante a preservação dos dialetos de grupos indígenas e remanescentes de quilombos. Hoje Ha 180 línguas indígenas e mil quilombolas
1990 Com a TV presente em mais de 90% dos lares, não se constata isolamento lingüístico. Começa a nascer a linguagem rápida usada na internet

Acordo ortográfico – O que muda Acento agudo

O acento agudo desaparece das palavras da língua portuguesa em três casos, como se pode ver a seguir:

nos ditongos (encontro de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos ei e oi das palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima).COMO É HOJE COMO VAI FICAR
assembléia assembleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia

NO ENTANTO,

as oxítonas (palavras com acento na última sílaba) e os monossílabos tônicos terminados em éi, éu e ói continuam com o acento (no singular e/ou no plural). Exemplos: herói(s), ilhéu(s), chapéu(s), anéis, dói, céu.

nas palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato (seqüência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes) com a vogal anterior quando esta faz parte de um ditongo;COMO É HOJE COMO VAI FICAR
baiúca baiuca
boiúna boiuna
feiúra feiura

NO ENTANTO,

as letras i e u continuam a ser acentuadas se formarem hiato mas estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de s. Exemplos: baú, baús, saída.
No caso das palavras oxítonas, nas mesmas condições descritas no item anterior, o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí.

nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com o u tônico precedido das letras g ou q e seguido de e ou i. Esses casos são pouco freqüentes na língua portuguesa: apenas nas formas verbais de argüir e redargüir.COMO É HOJE COMO VAI FICAR
argúis arguis
argúem arguem
redargúis redarguis
redargúem redarguem

O quebra-cabeça das modalidades organizativas Integrar atividades permanentes, sequências didáticas e projetos de ensino requer planejamento e conhecimento claro dos conteúdos

Você já sabe o que ensinar ao longo do ano com base nas expectativas de aprendizagem de cada disciplina. Falta agora saber como colocar tudo isso em prática no dia-a-dia da sala de aula. A pesquisadora argentina Delia Lerner classificou o trabalho em classe em três grandes blocos – atividades permanentes, sequências didáticas e projetos didáticos -, que hoje são conhecidos como modalidades organizativas. Como em um jogo de encaixar peças, planejar o uso dos três ao longo do ano exige visão global do processo e capacidade de projetar cenários e encadear situações, pois eles são módulos complementares que podem ser interligados ou usados separadamente, em montagens que devem levar em consideração os objetivos e os conteúdos a trabalhar.

“Toda essa rede de atividades tem de estar desenhada antes mesmo de começar o ano letivo. De preferência, numa tabela. O ideal é começar do todo e ir aos poucos, criando as ramificações. Fazer esse tipo de previsão ajuda a guiar os passos, evita a sobreposição de assuntos e clareia o ponto de partida e o de chegada”, explica Andrea Guida, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária.

Para ela, esse tipo de organização deve ser compartilhado por todos os professores, independentemente de série ou disciplina. “Planejar dessa forma ajuda a pensar o progresso dos alunos e favorece a retomada consciente de conteúdos durante a vida escolar. Se determinada turma leu muitos contos de fadas no 1º ano, vai realizar mais facilmente um projeto de produção de um livro quando chegar ao 2º”, exemplifica. “Mas estabelecer esse tipo de rotina não significa criar uma camisa de força. A ideia é programar cada detalhe, com materiais e abordagens pré-analisadas e estudadas, mas saber que imprevistos podem surgir.”

As definições e especificidades de cada uma das modalidades organizativas são bem claras. As atividades permanentes devem ser realizadas regularmente (todo dia, uma vez por semana ou a cada 15 dias). Normalmente, não estão ligadas a um projeto e, por isso, têm certa autonomia. As atividades servem para familiarizar os alunos com determinados conteúdos e construir hábitos. Por exemplo: a leitura diária em voz alta faz com que os estudantes aprendam mais sobre a linguagem e desenvolvam comportamentos leitores. Ao planejar esse tipo de tarefa, é essencial saber o que se quer alcançar, que materiais usar e quanto tempo tudo vai durar. Vale sempre contar para as crianças que a atividade em questão será recorrente – ao longo do semestre ou mesmo do ano todo.

Já a sequência didática é um conjunto de propostas com ordem crescente de dificuldade. Cada passo permite que o próximo seja realizado. Os objetivos são focar conteúdos mais específicos, com começo, meio e fim (por exemplo, a regularidade ortográfica). Em sua organização, é preciso prever esse tempo e como distribuir as sequências em meio às atividades permanentes e aos projetos. É comum confundir essa modalidade com o que é feito no dia-a-dia. A questão é: há continuidade? Se a resposta for não, você está usando uma coleção de atividades com a cara de sequência.

Por fim, temos o projeto didático, modalidade que muitas vezes se confunde com os projetos institucionais (que envolvem a escola toda). Suas principais características são a existência de um produto final e objetivos mais abrangentes. Os erros mais comuns em sua execução são certo descaso pelo processo de aprendizagem, com um excessivo cuidado em relação à chamada culminância.

“A feira de ciência ou a olimpíada escolar são exemplos marcantes. É comum encontrar muita torcida nas quadras sem que os estudantes tenham de fato aprendido Ciências ou desenvolvido habilidades esportivas. A proposta não é fazer algo bonito, mas conduzir uma série de tarefas que resultem em algo concreto”, orienta Andrea. “A integração com outros professores é indicada em alguns projetos por permitir a troca de experiências. Mas é essencial sempre envolver a coordenação pedagógica.”

Nos projetos de ensino, há ainda a pretensão de atingir propósitos didáticos e sociais. Um exemplo é o projeto de leitura e escrita em que a classe produz um livro de receitas (além de aprender a ler e escrever, a criança tem a oportunidade de mostrar aos familiares como aproveitar melhor os alimentos). Confira nas próximas páginas alguns exemplos de como conciliar as modalidades organizativas em cada uma das disciplinas do Ensino Fundamental.

Arte
Pintura em análises de obras e em atividades práticas

No 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, as aulas de Arte podem ser planejadas com sequências didáticas. A que trata da pintura, com duração de aproximadamente um mês, pode iniciar o trabalho. Antes de mais nada, o professor apresenta a proposta, os objetivos e os materiais a ser utilizados (tipos de suporte, ferramentas e tintas). O pincel é o primeiro instrumento abordado. “O educador conta um pouco sobre a história dele e mostra algumas imagens de telas de diferentes estilos, de autoria de Monet, Seurat, Van Gogh e Nuno Ramos, por exemplo”, sugere Mariza Szpigel, selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10.

O docente pode propor que as crianças observem variados tipos de pincelada: as pequenas, as grossas, as imperceptíveis, os pontinhos etc. O próximo passo é colocar a turma para testá-las, mas ainda somente com uma cor de guache. Na segunda aula, a proposta é aumentar a dificuldade, trabalhando com o rolinho e o pincel e cores diferentes. Após a realização dessas pinturas, o ideal é selecionar resultados bem distintos para a análise. Como a turma procedeu em relação ao uso das cores? Fez mistura? Quais foram usadas? Não fez? Adotou justa ou sobreposição? “É importante que os alunos discutam as formas de utilização das ferramentas e digam quais acharam melhor para pintar áreas grandes e quais para figuras”, diz.

Na terceira e última etapa, a tarefa é usar rolinho e pincel grosso e fino. O momento seguinte é dedicado à ref lexão sobre as variáveis estudadas no processo. “Se um aluno disser que o rolinho é bom para pintar o fundo, vale solicitar que todos procurem um trabalho em que isso aconteceu”, sugere Mariza. Apesar da diversidade analisada, é importante que uma atividade permanente de pintura permeie a sequência. “A turma coloca em prática as técnicas de que mais gostou. Ajuda a individualizar a criação.”

O uso de diferentes materiais é trabalhado com turmas de 1º e 2º anos em uma sequência didática de um mês de duração, com complexidade progressiva. Enquanto testam os jeitos de pintar, os alunos desenvolvem a individualidade de criação em atividades permanentes

Língua Portuguesa
Projeto para fazer um jornal da classe prevê muita leitura

A leitura e a produção de textos são conteúdos a ser trabalhados durante todo o ano. Textos jornalísticos, especificamente, podem ser abordados em um projeto anual com alunos de 8º e 9º anos. O produto final é o jornal da classe. Uma atividade permanente de leitura desse tipo de mídia é essencial para permear todo o primeiro semestre. “O professor ou os estudantes podem trazer diária ou semanalmente jornais para serem lidos e debatidos em conjunto”, sugere Heloisa Ramos, formadora do projeto Letras de Luz, da Fundação Victor Civita. Dessa forma, os estudantes vão aprender os jargões jornalísticos e as particularidades dessa produção, como o uso de legendas, subtítulos e olhos de página.

No segundo semestre, Heloisa sugere tratar de diferentes gêneros: notícia, entrevista, crônica ou editorial. A ordem pode variar desde que se assegure que as etapas não sejam feitas em paralelo. “Cada uma pode levar cerca de dois meses. O importante é ter consciência de que elas são independentes e têm seu fim”, argumenta. Para que os alunos aprendam efetivamente a escrever os quatro tipos de texto, é necessário planejar diversas sequências didáticas em que são abordados os perfis de cada um.

No estudo sobre as notícias, por exemplo, a sequência pode começar com uma discussão sobre o que os estudantes já sabem sobre o gênero. Em seguida, o ideal é, com base nesses diversos modelos, analisar as características do gênero e elencá-las. Depois, vêm as produções textuais com esse modo de escrita jornalística, em que são trabalhados conteúdos, como a pontuação. “A avaliação é primordial para saber se houve avanço.” Depois de sequências sobre os outros tipos de texto a ser abordados, os alunos devem estar aptos a compreender os formatos e propósitos e produzir dentro de suas características. A montagem do jornal, produto final do projeto serve para comunicar o que foi aprendido.

Para trabalhar a produção e análise de textos jornalísticos com alunos de 8º e 9º anos, é possível fazer um projeto para criar um jornal. Dele, derivam sequências didáticas para estudar notícia, entrevista, crônica etc. Uma atividade permanente de leitura ajuda a criar familiaridade com esse portador

Matemática
Trabalhar o cálculo mental sem decorar resultados

Ao trabalhar o cálculo mental com turmas de 4º ano, o professor precisa ter em mente que é necessário organizar o tempo em atividades permanentes e sequências didáticas. Na primeira modalidade, entram situações que favorecem a memorização de resultados – como as tabuadas – e ajudam o aluno a responder, rapidamente, os resultados de algumas contas.

No momento da atividade permanente, o professor pode organizar, por exemplo, situações que envolvam a multiplicação por 10. “Para as crianças, é mais simples realizar cálculos com números que tenham a unidade seguida de zeros, os chamados números redondos”, explica Priscila Monteiro, formadora de professores e selecionadora do Premio Victor Civita Educador Nota 10. É importante deixar, por um tempo, os resultados desses cálculos disponíveis para a consulta depois fazer atividades que permitam sistematizá-los e organizá-los, procurando sempre a memorização.

Simultaneamente, trabalhe com sequências didáticas de cálculo mental. Esse tipo de cálculo depende de alguns resultados de memória, que devem ser trabalhados permanentemente. Por exemplo, para calcular 525 + 325, os alunos usam resultados parciais conhecidos: 500 + 300 = 800 e 25 + 25 = 50, logo, 525 + 325 = 850. “O aluno não precisa decorar tudo. Cabe ao professor trabalhar uma sequência didática que o ajude, por meio do cálculo mental, a encontrar resultados que não foram memorizados”, afirma Priscila. Nesse sentido, o arredondamento pode ser bastante útil. “Se um aluno precisa calcular 6 x 9 e não sabe quanto é, pode pensar em 6 x 10 e subtrair 6”, exemplifica.

Para desenvolver essa estratégia, são necessárias cerca de oito aulas. Em seguida, inicia-se o trabalho com outro conteúdo específico, em uma nova sequência que desenvolva outras formas de arredondamento, por exemplo.

O cálculo mental pode ser trabalhado com turmas de 4º série em diversas sequências didáticas com duração de oito aulas, que vão se sucedendo com a abordagem de conteúdos específicos. Atividades permanentes de memorização ajudam por permitir que as crianças respondam rapidamente

História
Debate e eleição simulada para compreender o que é democracia

Construção de uma sociedade democrática, representatividade e divisão de poder são conceitos essenciais da disciplina. O trabalho com eles – com turmas de 8º e 9º anos – ganha força em anos eleitorais. Contudo, estudos sobre a Revolução Francesa e a organização de sociedades como a egípcia, a grega e a romana também dão abertura para introduzir os temas e relacioná-los com a atualidade. O trabalho dura dois meses.

Muitas escolas aproveitam para simular uma votação para prefeito, governador ou presidente entre os alunos ou mesmo para eleger um representante da classe junto ao conselho. Flavia Aidar, consultora e selecionadora do Premio Victor Civita Educador Nota 10, afirma que essas iniciativas são válidas, porém não é preciso forçar uma situação de eleição se ela não se justificar: “Cabem como produto de um projeto sobre o tema um debate sobre plataformas de governo ou uma eleição”.

Como atividade permanente, ocupando de 20 a 30% de cada aula, Flavia indica a leitura de textos de pensadores de diversas correntes que tratem de conceitos de representatividade e ideologia. Em períodos eleitorais, o acompanhamento no noticiário é outra excelente forma de o professor mostrar como são construídas as plataformas dos partidos e compará-las.

Sequências didáticas devem ser reservadas para tratar de conteúdos específicos, como o conceito de democracia e suas modalidades, sistemas de governo (parlamentarismo, presidencialismo etc.), tipos de poder (aristocracia, ditadura etc.), classes de estado (colônia, federação etc.), divisão de poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo) e de processos (eleição, golpe, revolução, plebiscito, referendo, lobby etc.).

Na organização da eleição ou do debate, é preciso prever como uma das etapas a elaboração de plataformas políticas a ser expostas, assim como a confecção de urnas, cédulas e material de campanha.

A leitura regular de textos teóricos e do noticiário político, junto com sequências didáticas para aprofundar conceitos como sistemas de governo e divisão de poderes, ajuda a turma de 8º e 9º anos a entender assuntos importantes da disciplina, num projeto sobre a democracia com duração bimestral

Educação Física
Atletismo se aprende na quadra – e também com estudo

Quer oferecer aulas de Educação Física que tenham mais do que simplesmente jogos? Fabio Luiz D’Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação, de São Paulo, sugere um projeto para turmas de 7º e 8º anos sobre atletismo com dois produtos finais: um festival envolvendo as diferentes turmas participantes e um painel coletivo organizado com base em pesquisas realizadas em livros, jornais, revistas e internet. Assim, além de propiciar o contato dos estudantes com várias modalidades atléticas e desenvolver habilidades motoras, você ajuda a moçada a ampliar seus conhecimentos e a fazer uma leitura crítica do esporte.

D’Angelo sugere organizar o projeto em 22 aulas, divididas em diagnóstico, vivências e finalização. Reserve as duas primeiras para o diagnóstico, que será o ponto de partida do painel. Perguntas como “O que vocês conhecem sobre esse esporte?”, “Quais as modalidades que o compõem?”, “Onde foi inventado?”, “Quais os espaços necessários para a prática?”, “Quais as capacidades e habilidades envolvidas no esporte?” são ótimas para motivar a garotada.

A etapa das vivências pode ser planejada em três blocos – com as modalidades corrida, salto e arremesso. Use cinco aulas para cada um. Assim, é possível explorar todas as variantes: revezamento, corrida com obstáculos, arremesso de peso, salto com vara etc. “Quando a moçada realiza as atividades, aprimora as habilidades motoras específicas.” Em paralelo, com as pesquisas e o painel de registros, todos são incentivados a conhecer mais sobre o esporte.

No fim do projeto, organize um minifestival. Divididos em comissões (de divulgação, inscrições, tabelas etc.), os alunos ganham mais uma chance de ser avaliados – agora por indicadores atitudinais, como responsabilidade e comprometimento, que, junto com o painel coletivo, ajudam a aferir se a turma aprendeu sobre o atletismo.

As turmas de 7º e 8º anos vão fazer pesquisas sobre diferentes modalidades, se exercitar na pista e montar um grande painel para mostrar aos colegas como é importante desenvolver uma cultura esportiva ampla. O projeto sugerido nesta página tem duração prevista de 22 aulas

Geografia
Visita, jornais e entrevistas ensinam sobre o bairro

Conhecer o bairro em torno da escola faz parte do conteúdo a ser ensinado no 4º e 5º ano com o objetivo de introduzir o estudo da cartografia e a da linguagem verticalizada. O tema pode ser explorado por aproximadamente um mês, em uma sequência didática composta de cinco aulas mesclada com uma atividade permanente, que deverá ser realizada uma vez por semana. Ela servirá para enriquecer o trabalho e colocar os alunos em contato com outras fontes de conhecimento. São opções ler um jornal do bairro ou realizar entrevistas com os moradores uma vez por semana.

Na primeira etapa da sequência, devese pedir que os alunos desenhem o bairro, incluindo os elementos principais. O que eles conhecem ao redor da escola? Registrar a impressão deles sobre o tema após um debate é essencial. Na segunda aula, os alunos são levados a uma excursão pelos arredores. Vale chamar a atenção para os pontos citados na primeira aula e também para as localidades desconhecidas. Ao voltar para a sala, os estudantes registram o que viram no passeio e verificam se isso se relaciona de alguma forma ao que foi lido ou contado nas entrevistas.

Na terceira aula, introduz-se o ensino da cartografia. Com a ajuda dos registros, os estudantes desenham as ruas visitadas e traçam itinerários. Sueli Furlan, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10, diz que na hora de desenhar, por exemplo, é preciso ensinar que, se a rua é vista de cima, as casas devem aparecer só com o telhado.

Na quarta aula, dividem-se os alunos em grupos de quatro. Eles devem escrever um texto relacionando as informações obtidas com a atividade e o desenho realizado por um dos colegas. Na última aula da sequência, cada equipe apresenta seu desenho e o que aprendeu sobre o bairro. Comparar o registro da atividade inicial com o texto final é uma boa forma de avaliação.

A cartografia e a linguagem verticalizada são vistas em um estudo do bairro durante uma sequência didática de um mês. Uma atividade permanente – leitura de jornais ou entrevistas com moradores – coloca os alunos do 4º e 5º ano em contato com diferentes fontes de conhecimento

Ciências
Pesquisa é fundamental antes das saídas a campo

Em Ciências, a sugestão de como utilizar as modalidades organizativas ao longo do ano é um trabalho sobre os diferentes biomas brasileiros com as turmas de 4º e 5º anos. Ao fim do projeto, a garotada vai fazer uma exposição (que tal durante a Semana do Meio Ambiente, em junho?) para apresentar os temas pesquisados – em sala de aula e também num estudo do meio.

Cada etapa pode durar de quatro a seis aulas. Para começar, leve informações sobre o assunto: um mapa do Brasil para apontar a extensão desse bioma, com destaque para o relevo e a vegetação. Textos sobre os problemas mais comuns vão ajudar a garotada a se interessar pelo tema. “Muitos alunos podem não ter informações sobre esses fatos, daí a necessidade de apresentá-los”, explica Pricila Melo, coordenadora de unidade de séries iniciais da Sangari Brasil.

O próximo passo é pesquisar em jornais, livros e sites informações sobre a região escolhida. A seguir, promova uma apresentação coletiva dos dados colhidos e divida a turma em duplas para que seja feito um registro por escrito do que for debatido. Terminada cada etapa, passe para outro bioma (mata Atlântica, cerrado etc.). E, durante o semestre, compare as características com a das regiões já estudadas.

Como em Ciências o estudo do meio é valorizado, organize uma excursão a um dos biomas. Pricila lembra que a atividade é muito mais que um passeio. Por isso, é essencial preparar um roteiro que ajude a orientar o olhar das crianças. Além de tudo o que já foi pesquisado nas aulas anteriores, prepare perguntas. Como são as árvores? Grandes ou pequenas? E as copas? Como é seu tronco? Há sinais visíveis de degradação do ambiente? E desmatamento? Além de um caderno para registrar tudo, a turma pode fotografar a área. No fim, reserve algumas aulas para montar cartazes com textos e fotos. Em grupos, os jovens podem apresentar tudo o que aprenderam.

Ao estudar os biomas brasileiros, apresente às turmas de 4º e 5º anos uma série de conteúdos importantes que possam culminar com um estudo do meio, para ver ao vivo o que está sendo estudado, e uma exposição sobre o que foi aprendido ao longo do semestre

Língua Estrangeira
Ler para entender mais um idioma e conhecer expressões de uso cotidiano

Num mundo em que as fontes de informação são muitas vezes encontradas em outros idiomas, uma das principais tarefas do professor é propor a leitura como forma de aumentar a familiaridade com a Língua Estrangeira e o aprendizado das expressões mais usadas no dia-a-dia. O trabalho dura todo o ano e, para turmas de 6º e 7º anos, uma ótima possibilidade é levar contos de fadas para a sala de aula. “Primeiro, porque a garotada já conhece a história na língua materna, o que facilita a compreensão. Segundo, porque elas possuem enredos ricos, dos quais pode-se destacar passagens para enfocar conteúdos curriculares”, argumenta Andrea Vieira Miranda Zinni, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10.

O conto A Bela e a Fera em inglês pode ser estudado durante um bimestre por meio de uma combinação de modalidades organizativas. A leitura da obra é trabalhada como uma atividade permanente, em capítulos. Em cada encontro, o professor chama a atenção para recursos e expressões diferentes – as pistas dadas pelas ilustrações e por ele, que deve responder em inglês às intervenções da garotada, ajudam no aprendizado sobre o vocabulário e sobre a estrutura linguística. Vale utilizar diferentes estratégias para contar a história. “Ler e só mostrar as ilustrações à turma, distribuir exemplares para todos ou atuar como narrador enquanto os estudantes leem as falas dos personagens”, exemplifica Andrea.

Ao longo da atividade, é possível intercalar sequências didáticas, com duração de várias aulas, que abordem o uso cotidiano da língua. No caso de A Bela e a Fera, a cena do jantar entre os protagonistas serve de base para uma sequência sobre como pedir um prato em um restaurante. Nessa situação, o professor trabalha o vocabulário relacionado à comida, as construções gramaticais para realizar pedidos e a forma educada de falar nessas ocasiões.

Por causa da crescente importância da internet como um recurso de pesquisa, a leitura em outro idioma é competência essencial. Para explorar o dia-a-dia da língua, o professor seleciona um gênero, como contos de fadas para turmas de 6º e 7º anos, e trabalha um título durante um bimestre    (nova escola on-line)

recebi por e-mail adorei!! espero que gostem!!!

1- Quando pensei em ser professor, o que aconteceu?

2- Ao encontrar alunos com dificuldades, o que disse?

3- Quando um aluno me magoou, o que pensei?

4- Mas quando começo minha aula, qual a sensação?

5- Quando os alunos estão desanimados, pelos problemas do dia-a-dia, o que digo?

6- Como reajo às inovações?

7- Ser professor é?

8- E quando quero descobrir se estou no caminho certo…

Respostas: (cantada pelos professores)

1- Os sonhos mais lindos sonhei! De quimeras mil, um castelo ergui.

2- Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima.

3- Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro. É natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim.

4- Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo. Olhando pra você e as mesmas emoções sentindo.

5- Canta, canta minha gente deixa a tristeza pra lá. Canta forte canta alto que a vida vai melhorar.

6- Tudo que se vê não é, igual ao que a gente viu a um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo, agora, há tanta vida lá fora. Aqui dentro sempre como uma onda no mar…

7- Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor s será. Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita.

8- Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando, olho pra terra e vejo uma multidão que vai caminhando. Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai. Quem poderá dizer o caminho certo é você MEU PAI. Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui.

Dez Princípios para Um Bom Professor



Apresentamos um decálogo contendo dez princípios para atividade docente de um bom professor do terceiro milênio, século marcado pela informação e pelo conhecimento tecnológico.

O professor do século XXI é aquele que, além da competência, habilidade interpessoal, equilíbrio emocional, tem a consciência de que mais importante do que o desenvolvimento cognitivo é o desenvolvimento humano e que o respeito às diferenças está acima de toda pedagogia..

A função do bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber. Prof: Vicente Martins

d

Eis então os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano:


  1. Aprimorar o educando como pessoa humana. A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas.

    A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma.

    De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie.

    Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.

  2. Preparar o educando para o exercício da cidadania. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso para o exercício exemplar e pleno da cidadania.

    O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, política e econômico no meio social.

  3. Construir uma escola democrática. A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio em que não arredam pé, não abrem mão.

    Quanto mais a escola for democrática, mais transparente. Quanto mais a escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com eqüidade as demandas sociais. Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais no preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada.

    Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão na governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais.

    Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.

  4. Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho. Por mais que a escola qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas ( porque a vida é processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.
  5. Fortalecer a solidariedade humana. É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana.

    Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.

  6. Fortalecer a tolerância recíproca. Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.

    A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando.

    Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.

  7. Zelar pela aprendizagem dos alunos. Muitos de nós professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra aula.

    No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adiante e conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações?

    O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental.

    O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldade de assimilar informações, sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno.

    Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar-se mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panacéia, é o caminho mais seguro para reverter as situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.

  8. Colaborar com a articulação da escola com a família. O professor do novo milênio deve ter em mente que o profissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula.

    Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os entendemos e mais os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante, não educa.

    A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno é que os professores se aproximam dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado e mais solidário.

  9. Participar ativamente da proposta pedagógica da escola. A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para seus educandos.

    Um professor que não participa, se trumbica, se perde na solidão de suas aulas e não tem como pensar-se como ser participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir-se parte no seu chão das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.

  10. Respeitar as diferenças. Se de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é a grande tarefa dos educadores do novo milênio.

    O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nosso cotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneros humanos.

    O educador, pois, deve ter a preocupação é reeducar-se de forma contínua uma vez que nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. Nossa missão, é dizer que podemos amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas, encontraremos nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, e sim, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens.Pela manhã, o bom religioso, abre o livro sagrado e reflete sobre o bem e o mal.

    Por um feliz amanhã, o bom professor abre a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e aprende a conciliar o conhecimento e a humanidade.


Sobre o Autor: O professor Vicente Martins é graduado e pós-graduado em Letras pela UECE com mestrado em Educação pela UFC. Atualmente, Professor do Centro de Letras da UVA (Sobral, CE).

PORTA TRECO..(2)





POTES DE GARRAFA PET E E.V.A


LIVRINHO P\ VOVÓ

fazer um livrinho de chá para a vovó,
elas vão amar serem lembradas!!!!
Passo-a-passo:
Peça aos alunos que pesquisem receitas de chá caseiro. No dia da socialização selecione algumas que serão usadas para a confecção do livrinho.
Multiplique a capinha do molde da xícara para cada aluno, peças que eles pintem-na.
Recorte várias folhas de sulfite do mesmo formato da capa do livro, de acordo com a quantidades de textos que será trabalhada.
Entregue os materiais as crianças e peça que elas colem uma receita em cada folha ou peça que eles escrevam. Por fim, oriente-os a juntar todas as páginas e auxilie-as a grampeá-las.

abril 2024
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

Arquivo do Blog

Acessos

  • 2.716.209 Visítas